sexta-feira, 26 de julho de 2013

PEÇA - DE REPENTE O TRÂNSITO

Peça de teatro com temática de trânsito.

De repente o Trânsito
Personagens:
Tetê, Veva,  Bira, Policial Cosme,  Policial Damião, Tião, Nena, Liza

A peça inicia com a entrada dos personagens, cada um carregando uma placa com um dos seguintes nomes: JOÃO NINGUÉM, AQUELA UMA, BICICLETEIRO, A COITADA DA, ZÉ, MARIA ALGUMA COISA, O CARINHA LÁ, TÃO NOVINHA.
A seguir cada personagem faz uma fala:

Cosme
JOÃO NINGUÉM NÉ ERA NINGUÉM
NINGUÉM DELE LEMBRAVA
MAS ERA DE CARNE E OSSO
MENOS CARNE, OSSO SOBRAVA
MAS ERA GENTE DE DEUS
NINGUÉM DISSO DUVIDAVA
Liza
EU SABIA QUE IRIA DAR NISSO
AQUELA UMA... COMO CHAMA A MENINA?
SEMPRE AVOADA
A MIL DE ADRENALINA
PASSOS FIRMES E RÁPIDOS
ACHO QUE NEM TINHA ROTINA
Tião
CICLOVIA TEM BEM POUCAS
NÃO PODE ANDAR NO CANTEIRO
TEM QUE FICAR ESPERTO
E BANCAR O BOM MATREIRO
SEU REMÉDIO É A BEIRADINHA
O CAMINHO DO BICICLETEIRO

Nena
INOCENTE A TODA PROVA
MAL SABIA O BE A BÁ
TINHA MEDO DE TUDO UM POUCO
ATÉ MESMO DE PASSEAR
A COITADA DA... NÃO LEMBRO
NÃO PRECISOU NEM SONHAR
Bira
O ZÉ! OH! QUAL ZÉ?
NO BRASIL É O QUE MAIS TEM
QUALQUER UM SE CHAMA ZÉ
ATÉ PRA NOME NÃO FICAR SEM
MAS DESSE EU NÃO RECORDO
E ACHO QUE NEM TÚ TAMBÉM
Tetê
MARIA É NOME SAGRADO
MÃE DO MENINO JESUS
MAS MARIA TAMBÉM É NOME
QUE OUTRO NOME APÓS CONDUZ
É MARIA ALGUMA COISA
QUALQUER COISA, AGORA SEM LUZ
Damião
O CARINHA LÁ DA ESQUINA
VENDIA QUALQUER MERCADORIA
PARECE QUE TINHA FAMÍLIA
CARA DE QUEM SOFRIA
TAVA LÁ DE SOL A SOL
SEMPRE SÉRIO, NÃO SORRIA
Veva
TÃO NOVINHA E ESTUDIOSA
TODA MANHÃ IA PRA ESCOLA
ILUSÃO TINHA AOS MONTES
NOS PENSAMENTOS DA CACHOLA
ESPALHADOS PELO CHÃO
LÁPIZ, BORRACHA, CADERNO E COLA.

Na sequência, os personagens viram as placas, mostrando a seguinte mensagem:
UM MINUTO DE SILÊNCIO EM HOMENAGEM          ÀS VÍTIMAS ANÔNIMAS DO TRÂNSITO NO BRASIL.
Depois eles penduram suas placas na banca e tomam a primeira formação.

Os  policiais vão a frente e falam:
Cosme
Olha só ó minha gente
Como tudo começou
A Tetê sempre apressada
Com seu marido brigou
O horário tava apertado
E o carro ela então pegou
Com a condição do veículo
Ela nem se preocupou.

Damião
Enquanto isso a Veva
Com seu marido seguia
Em seu andar precavido
Do jeito que sempre guia
A direção defensiva
É princípio que o conduzia
Prudentes e responsáveis
E vivendo em harmonia.


Cosme
Porém num dia qualquer
Algo errado aconteceu
Num cruzamento da vida
O imprevisto os surpreendeu.

Damião
Mas esta história amigo
Tú não conta e nem eu
Nós estamos dentro dela
Vamos ver como se deu.
(saem)

Um carro se aproxima do cruzamento, nele Veva e Bira, o sinal está aberto para eles. Duas pessoas conversam na esquina, Nena e Liza. Quando chegam no cruzamento, de repente surge um carro na rua lateral, em alta velocidade, dirigido por Tetê, que está acompanhada de Tião, acabando por colidir com o primeiro. Os motoristas se recompõem e saem do carro, passando a conversar.

Veva:
Deus do céu o que é isso?
O que foi que aconteceu?
Arregaçou com meu carro..
Quebrou tudo que era meu..
Diga aí ó meu marido:
Se o controle tu perdeu...

Bira:
Mas o que tu tá falando?
Não tem nada disso não.
Sempre guio com cuidado.
E prestando atenção.
Eu respeito os pedestres..
E a sinalização.


Veva: (olhando para Tetê)
A culpada foi aquela..
Agora eu entendi.
Tu atravessou na boa..
Ela continuou a vir.
Ela veio tipo doida..
E acabou por colidir.

Bira:
Tu tá certa minha flor..
Como sempre tem razão.
Eu atravessei no verde..
E tava na minha mão.
Velocidade no limite..
Dentro da regulação.

Veva: (partindo para Tetê)
Olha aqui sua periqueti..
Eu vou te dar um aviso.
Olha só o que tu fez..
Parece não ter juízo.
Tu vai pagar isso tudo..
Não fico no prejuízo.

Tião: (Defendendo a mulher)
Calma aí Dona Senhora..
Vamos resolver na boa.
Foi somente um acidente..
Uma coisinha à toa.
Ninguém ficou machucado..
Olha só pra sua pessoa.

Nena: (interrompendo)
Ninguém ficou machucado..
E pra você não é nada.
Só por conta do meu Deus..
Não entrei numa roubada.
Quando vi indo pro meu lado..
Eu fiquei toda borrada.



Tião:
Era só o que me faltava...
Vejam só o que apareceu.
Que tá querendo menina?
Isso não é assunto teu.
Vai cuidar da tua vida...
Que disso aqui cuido eu.

Nena:
Mas é grosso esse cabra...
Muito do mal educado.
Se a mulher tá dirigindo...
Não deve ser habilitado.
E quer dar uma de bom...
Sai pra lá.. seu abestado.

Tião:
Pois saiba ó menininha...
Que sei dirigir também.
Cometi alguns excessos...
Dirigi a mais de cem.
Estacionei na calçada..
Fui na rua que só vem.
Passei dos 20 pontos...
Minha carteira foi pro além.
Por enquanto minha filha...
Quem dirige é meu bem.

Nena:
Agora tá explicado...
Porque passei esse apuro.
Um casal de infratores...
Deixa o trânsito inseguro.
E pra afastá-los da calçada...
Só se construir um muro.

Liza:
Tem razão ó minha amiga..
Eu e você na parada.
Esperando o coletivo..
Bem em cima da calçada.
Lá é o lugar só do pedestre..
Ter sua vida assegurada.
Nem bicicleta nem mesa...
Lá não pode ter mais nada.
Via exclusiva do pedestre...
Circulação adequada.

Tetê:
Já cansei de ouvir besteira..
Agora é minha vez.
Escutem aqui vocês todos..
Tenho carta há quase um mês.
Frequentei a  auto-escola..
Lá da minha tia Inêz.

Veva:
Pelo visto não virou..
Pois tu não aprendeu nada.
Tu cruzou o sinal vermelho..
Tinha que ficar parada.
Isso lá pelo sul..
Tem nome de barberada.


Tetê: (para o marido)
Faz alguma coisa ó bolha..
Eu não fico desaforada.
Tão falando mal de mim..
E da minha tia coitada.
Vou tomar uma providência..
Se tu não fizer nada.


Tetê: (para Veva)
Presta atenção coisa feia..
No que eu vou te dizer.
Para ser habilitada..
O que eu tive de fazer.
Estudei todas as leis..
Para as placas conhecer.
E mais de 18 anos..
Era o que eu tinha que ter.
No cursinho muita coisa..
Eu tive de aprender.
De direção defensiva..
E também a socorrer.
Fiz até exame de doido..
E mostrei que sei bem ver.
Passei numa prova escrita..
E na prática sem sofrer.
Agora tenho PPD..
É verdade, pode crer.

Tião:
PPD minha mulher?
Isso tu não me contou.
Se tu pegou essa doença..
Por que tu não me falou.
Sabe que sou teu marido..
E contigo sempre estou.




Nena e Liza:
É tapado esse daí...
Mas que homenzinho bocó.
Deve ter feito carteira...
Porque ficaram com dó.
Não sabe o que é PPD...
Mas nisso ele não tá só.
Por favor quem me explica?
Essa coisa é o ó.

Policial Cosme: (chegando)
Com licença o meu povo..
A autoridade está por vir.
Vou explicando de cara..
Para as duvidas dirimir.
PPD é abreviação...
De Permissão Para Dirigir.

Policial Damião:
Tem razão colega Cosme..
Ela vale por um ano.
Para saber se o motorista...
Não passou lá por engano.
E se ultrapassar os pontos..
Sua carta vai pelo cano.

Ambos Policiais (cantando)
Hoje em dia o motorista...
Deve ser mais preparado.
Pra lidar com imprevisto...
Não pode ser assustado.
Saber prestar assistência...
Dirigir com mais cuidado.


Quando machucar alguém...
O socorro ser chamado.
O motorista defensivo...
É um motorista educado.

Nena:(para o policial, para Liza)
Puxa vida seu policia..
Como o senhor é sabido.
Tem postura elegante..
E parece um bom partido.
É um desses que eu quero..
Para servir de meu marido.

Liza:
Aquieta o fogo aí menina..
Controla essa direção.
Não cruza o sinal vermelho..
Pisa na faixa do chão.
Para a sua segurança..
E a do seu coração.

Veva:
Essa ladainha toda..
Não resolve aqui pra gente.
Olha aqui autoridade..
Esse povo inconsequente.
Anota aí no seu bloco..
E faz Boletim de Acidente.

Tião: (chamando Damião de lado)
Seu policia vem aqui..
E me ouça por favor.
Acho melhor dar um jeitinho..
Para ninguém sentir mais dor.
Resolvendo entre nós..
Com um presente pro doutor.

Policial Damião:
Você tá me confundindo..
Não sou desse tipo não.
Gosto de fazer justiça..
Sou contra a corrupção.
Só não te prendo aqui agora..
Por causa dessa situação.

Policial Cosme:
Ô Damião venha cá..
Que a decisão eu ministro.
Confira a documentação..
Enquanto eu vejo o sinistro.
E os dados das testemunhas..
Pode deixar que eu registro.

Nena:
Rua da Garça, setenta..
Esse é meu endereço.
Agora me dá o seu..
Se quiser eu apareço.
Esse é meu telefone..
De você eu não esqueço.


Liza:
Para de ser assanhada..
Controla a velocidade.
Fica dentro do limite..
Permitido na cidade.
Não ultrapasse em faixa dupla..
Mantenha a tranquilidade.

Nena:
E com você minha amiga..
Não perco a esperança.
Vai arrumar um namorado..
Pois já não é mais criança.
Tu anda sempre na linha..
Na faixa de segurança.

Liza:
Pode deixar isso comigo..
Que eu sei como fazer.
É como andar de moto..
Habilitada tem de ser.
E em cima da cabeça..
Capacete tem de ter.
Usar calçado fechado..
E roupa pra proteger.

Tetê:
Ô seu guarda por favor..
Deixa dessa lenga lenga.
Resolve logo a parada..
E deixa de ser molenga.
Eu tô com pressa rapaz..
Dá jeito nessa pendenga.



Veva:
Mas olha isso aqui Bira..
Como ela é abusada.
Causou esse acidente..
Por ser assim apressada.
Tava fora do limite..
Não obedeceu  parada.
Agora vem dando ordem..
Vou quebrar essa danada.
Vem aqui que eu te pego..
Te deixo toda lanhada.

Bira:
Calma aí minha florzinha..
Vamos resolver direito.
Tirando do assunto a morte..
Para tudo dá-se um jeito.
Nós somos civilizados..
E temos outro conceito.
Se resolvermos brigar..
Vai gerar um outro efeito.
Trânsito sem violência..
Precisa de mais respeito.
Vamos nos comunicar..
E o mundo fica perfeito.

Bira e Veva (cantando):
Se você tá dirigindo..
Ouça o nosso conselho.
Sinal verde é pra seguir..
Pra parar é o vermelho.

O amarelo é atenção..
E ele fica bem no meio.
O semáforo é assim..
Um objeto importante.

Ele é sincronizado..
Muda de cor cada instante.
E a sua segurança..
Com isso ele garante.



Liza e Nena(cantando):
E é na faixa de pedestre..
Onde se deve passar.
A cor branca sobre a preta..
Na rua tem que pintar.
E uma placa indicando..
Que ali pode atravessar.

Mas se não tiver a faixa..
Tem de ter outro cuidado..
Antes de atravessar..
Olhar para  cada lado.

E se não vier os carros..
Não precisa ir apressado.
Siga o caminho mais curto..
Pois é o mais adequado.

Tião e Tetê(cantando):
É verdade ó Tetê..
É verdade ó Tião.
Agora eu entendi..
O erro foi nosso então.
O carro tava sem freio..
Falta de manutenção.

Nos desculpe minha gente..
Não foi nossa intenção.
Machucar alguém aqui..
Não queria isso não.
Vamos assumir a culpa..
É a melhor decisão.

Policiais Cosme e Damião(cantando):
Com certeza cidadãos..
Assim fica acertado.
Cada um cumpre o papel..
O que lhe foi reservado..
Mas assumir o seu erro..
Só não apaga o passado.

É preciso consertar..
O que você fez de errado.
Pagar pelo prejuízo..
E fazer um combinado.
Respeitar sempre o trânsito..
E andar com mais cuidado.

Nena e Liza:
Os policiais falam bonito..
E tudo isso é verdadeiro.
Respeito a sinalização..
E as leis o tempo inteiro.
Pois todo o usuário..
Também é meu companheiro.

Véva, Tião, Tetê e Bira:
E para haver harmonia..
Eu tenho que ser ordeiro.
Seguir o código de trânsito..
E ser um bom brasileiro.
Pois assim fica mais fácil..
Achar a palha no agulheiro

Liza e Nena:
Muita gente morre assim..
Na cidade e na estrada.
Imprudência, imperícia..
Negligência é uma roubada.

Liza, Nena, Veva, Tetê (cantando)::
Precisamos mudar o jeito..
Que essa tela tá pintada.
Tem de ter respeito a vida..
Sua e do seu camarada.

Liza, Nena, Veva, Tetê, Tião, Bira:
Pois todo o ser humano..
Tem sua vida abençoada.
Por Deus que é pai de todos..
E nos vê de sua morada.

Todos(cantando):
Nós temos de dar uma basta..
Nesta violência vil.
Nosso trânsito parece..
Pólvora dentro do barril.

Vamos olhar para o céu..
Em dia de azul anil.
Tomar vergonha na cara..
E melhorar o Brasil.

Eu nasci para viver..
Para amar e ser feliz.
Preservar a natureza..
E a ordem do pais.
Pra fazer a coisa certa..
Não preciso de juiz.

Basta vergonha na cara..
Tenho dito sempre isso.
Ser motorista e pedestre..
Nunca dar uma de omisso.
Para o trânsito seguro..
Cumprir o meu compromisso.

Damião
Veva e Bira seguiram
Felizes com sua vida
Sempre atentos e seguros
Pra evitar qualquer batida

A Tetê sempre agitada
Quem sofria era o Tião
Mas o casal era feliz
E o carro tinha manutenção

O meu amigo Cosme
Acredite se quiser
Se encantou com a quietinha
E juntos foram viver

E nessa história meu povo
Eu me dei foi muito bem
Tô casado com a Nina
Ela tá feliz também
Olha só quem ta chegando
Meu amor e o neném.

Todos voltam gradativamente para a formação.

Fim

Rogério Luís Bauer

Obs.: Por favor, informem os erros encontrados, para que eu possa corrigir. Obrigado.

PEÇA - A FANTÁSTICA MÁQUINA DO DR. TILICA

Peça de teatro com temática de trânsito.

A FANTÁSTICA MÁQUINA DO DR. TILICA NO TRÂNSITO
Personagens: Dr. Tilica, Irmãos Deco e Duga, Ajudantes Bolinha, Policial Dino, Faixa, Placa, Semáforo.

Trata-se de uma narração, onde os atores vão desenvolvendo as ações conforme o conto. O cenário inicial é uma rua, depois passa a ser um laboratório.

            Nossa cidade é um lugar muito tranquilo, um ambiente agradável, que possui um clima tropical acolhedor.
As ruas são muito bem cuidadas pela administração municipal. Sem nenhum buraco e muito bem sinalizadas (passa motorista tranquilo e sorridente – Dr. Tilica).
As calçadas sempre limpas e livres para o trânsito de pedestres (passa pedestre tranquilo e sorridente - Bolinha).
Os Agentes de Trânsito estão sempre vigilantes e atentos, para que tudo ocorra dentro da normalidade (passa um guarda atento).
Nossos meios de coordenação e controle do trânsito são muito eficientes e se relacionam muito bem entre si.
A faixa de pedestre se apresenta, dizendo:
Faixa: “- Sou a faixa de pedestre, as pessoas devem atravessar a rua sobre mim, para sua segurança”.
Depois a placa de para de apresenta, dizendo:
Placa: “- Eu sou uma placa de sinalização, os motoristas devem parar quando me enxergarem”.
Logo em seguida o semáforo se apresenta, o qual fala:
Semáforo: “- Bom dia, eu sou o semáforo, também chamado de sinaleiro.”
A faixa então pergunta ao sinaleiro:
Faixa: “- O que você faz”?
O sinaleiro responde:
Semáforo: “- Indico quando as pessoas devem seguir ou parar”.
A faixa retorna a pergunta:
Faixa: “-como assim”?
O sinaleiro explica:
Semáforo: “- Quando estou ligado no verde, quero dizer que as pessoas podem passar”.
A placa ajuda dizendo:
Placa: “- Quando ele está ligado no amarelo quer dizer ATENÇÃO, CUIDADO”.
O semáforo então completa:
Semáforo: “- E quando estou ligado no vermelho quero dizer PARE, PERIGO”.
A faixa então concorda. Os três seguem conversando, até que ouvem nova aproximação de usuários de trânsito. O semáforo então diz:
Semáforo: Vem gente, todos ao trabalho!
  Nossos queridos meios de sinalização se postam para seu trabalho. Mas nem tudo é paz e sossego em nossa cidade, infelizmente existem ainda pessoas que não respeitam o trânsito, atravessam a rua fora da faixa, ignoram o semáforo e, além disso, destroem o patrimônio público, como é o exemplo desses dois irmãos, os malvados Deco e Duga (os irmãos atravessam a cena fazendo estripulias, chutando a placa, jogando pedras no semáforo, dando gargalhadas e fazendo caretas, depois saem).
Nossa cidade fica meio triste, mas os cidadãos de bem ainda existem, passam recolhendo os destroços dos nossos instrumentos de sinalização, pois sabem da sua importância para nossas vidas (passam Bolinha e Dino recolhendo placas, semáforos e faixa estragados pelos irmãos malvados).
Perto dali, existe um local muito especial, um laboratório, onde trabalha o abnegado Dr. Tilica. Todos os dias ele chega cedo para seu batente diário, onde ele desenvolve fórmulas e estudos que facilitam a vida das pessoas. Além disso, Dr. Tilica criou uma revolucionária engenhoca, a qual ele batizou de “A Fantástica Máquina do Dr. Tilica”, a qual, instantaneamente, resolve qualquer problema.
Mas mesmo nesse ambiente aparentemente seguro, os malvados irmãos estão rondando, pois descobriram que os inventos do Dr. Tilica poderiam lhes render muito dinheiro. Então eles circulam por perto do laboratório, esperando o momento mais apropriado para agirem. Assim que eles percebem movimentos próximos, eles se escondem rapidamente.
São nossos bondosos cidadãos, trazendo um pedido de ajuda ao Dr. Tilica. Com eles, a Placa, a Faixa e o Sinaleiro, que foram danificados pela crueldade dos malvados irmãos. Dr. Tilica, comovido com a situação, resolve então testar seu mais novo invento, a sua “Fantástica Máquina do Dr. Tilica”. Ele então conduz a Placa até a máquina, regula seu equipamento e liga. Todos observam a tudo com atenção. Quando a máquina desliga, a Placa sai renovada, consertada, pronta para ser novamente utilizada pela população e seguir salvando vidas no trânsito. Logo a seguir é a vez da Faixa, toda ferida ela é colocada dentro da máquina. Depois da regulagem padrão, a máquina é ligada, e passa a realizar seu trabalho. Todos acompanham admirados. No final, a Faixa também sai novinha em folha, pronta pra ser pisoteada pelos pedestres que atravessam a rua, dando-lhes a segurança que precisam. Por fim, o Semáforo, todo estropiado, é conduzido, cuidadosamente, até o interior da Fantástica Máquina do Dr. Tilica, a qual fará seu trabalho também com esse nobre instrumento de sinalização. Dr. Tilica regula e liga a máquina. Após seu funcionamento, o Semáforo também surge em perfeito estado de funcionamento, falando repetidas vezes:
Semáforo: Verde – Siga; Amarelo – Atenção; Vermelho – Pare.
            O Policial então agradece e sai para sua ronda. Dr. Tilica então convida sua assistente para um lanchinho, pois certamente o trabalho lhe deixou muito cansado. Ambos vão para a cozinha, repor as energias.
            Aproveitando-se da situação, eles, que estavam por perto, sugiram para cometer maldades dentro do laboratório. Olharam e, quando viram que não havia ninguém ali, passaram a mexer em tudo. Alucinadamente eles tomaram as fórmulas, reviraram as anotações. Misturaram os papéis. Bagunçaram tudo e, quando viram a máquina, não resistiram, entraram dentro. Como nada aconteceu, um deles saiu e regulou a máquina de qualquer jeito e voltou para dentro dela. Como nada aconteceu ele tornou a sair e ligou a máquina, a qual passou a funcionar. Quando ela desligou eles saíram... Mais malvados ainda, assustando todos que encontravam pela frente. (os irmãos saem)
            Quando Dr. Tilica voltou do lanche com sua assistente, percebeu o estrago, desesperou-se, sua assistente então ligou para seu amigo policial, o qual rapidamente chegou, ainda com o telefone na mão. Ela então contou o que tinha acontecido.
Assistente: Dino, entrou uns mala aqui e fizeram um regaço, dá um jeito.
Policial: Deixa comigo.
            O policial então saiu para fazer buscas e, mais que rapidamente, com toda sua eficiência, ele voltou com os meliantes presos, ainda em estado, digamos assim, estranho.
            Dr. Tilica, como tem bom coração, não ficou com raiva deles. E teve uma ideia. Chamou o policial separadamente e disse:
Dr. Tilica: Acho que posso ajudar esses dois. Coloque eles na máquina, por favor.
Policial: Tem certeza?
Dr. Tilica: Sim, sim, por favor.
            O policial então leva os irmãos até a máquina. Dr. Tilica faz a regulagem apropriada e liga seu equipamento, o qual funciona como nunca. Quando desliga, os irmãos saem transformados, renovados, modificados, totalmente educados. Parecem ser outras pessoas. Cordiais. Estão realmente mudados.. (vão saindo) Será? (risadas dos irmãos)
            Dr. Tilica então agradece ao policial e o convida para um merecido lanchinho, e todos saem felizes.
Fim

Rogério Luís Bauer

Obs.: Por favor, informem os erros, para que eu possa corrigir. Obrigado.